terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mobilidades Locais e Globais

Este tema reúne um conjunto muito complexo de ideias e preconceitos a nível local e mundial, que nos obriga a um estudo pormenorizado e intensivo.
Entendemos como mobilidade neste caso, o transe sempre contínuo do ser humano na procura dos melhoramentos substanciais para a sua existência e do seu agregado familiar, quer interna quer externamente.
A deslocação interna à procura de empregos e de melhores condições de vida, leva à desertificação das áreas rurais dos indivíduos para as zonas urbanas ou seus arrabaldes na mira de conseguirem os seus objectivos. Por essa razão e também da emigração para o exterior do país, encontramos aldeias quase sem ninguém ou apenas com pessoas da terceira idade, olhando e esperando ansiosos que o Natal, Ano Novo ou outras festas tradicionais tragam de volta os seus familiares para uns dias de alegria e de matar saudades.
Usualmente damos-lhe o nome de: imigração ou emigração consoante se entra ou sai de um qualquer país, respectivamente.
Os fluxos migratórios ou se quisermos, os êxodos migrantes tem-se revelado e notado ao longo da história, quase sempre motivados pela esperança de poderem vir a usufruir de melhores regalias em todos os aspectos. Lembramos aqui a grande exploração aurífera nos Estados Unidos da América e toda a movimentação causada por aquele valoroso e ambicioso minério.
Contudo e olhando à distância, apercebemo-nos das grandes dificuldades que estes indivíduos encontram na caminhada, por vezes longa como aventureiros da cor-de-rosa.
Aqueles que partem às cegas, quase sem destino, sem saberem aquilo que de mau os espera para além da fronteira do país escolhido. Outros, já recomendados por amigos ou familiares, terão naturalmente outro sorrir à sua chegada. Ainda outros, que se atrevem a cometerem proezas aventurescas, navegando em canoas ou barcos de pequeno porte superlotados de famintos, inexperientes e sem nenhuma sanidade. (É o que vemos, ouvimos e observamos em notícias da TV e Rádio, concretamente, entre Marrocos e Espanha, Portugal e Itália, etc.).
E também o fraco e irresponsável acolhimento das autoridades, sem moral e sem contemplações prestado a estas criaturas, deixa muito a desejar na maior parte das vezes.
O ser humano parece que nunca está satisfeito, vive de ansiedades e sonhos, procurando quase incessantemente a luz que o leva a descobrir outras paragens. Sujeita-se muitas vezes a sofrer as ingratidões que a vida lhe reserva. Quando na aventura tudo lhe corre de feição, regressa de vez ou vindo de férias, nota-se no seu semblante uma euforia que traduz a realidade dos seus êxitos de além fronteiras.
Escolhe um sítio, geralmente a sua terra natal, projecta e idealiza a obra da sua casa, constrói, ajardina, dá-lhe retoques suíços, franceses, alemãs, brasileiros, americanos ou consoante o país onde colheu os frutos da sua aventura, as suas poupanças para um futuro melhor, seu e de seus filhos.
Neste panorama migratório, ele contribui também para o enriquecimento do seu país de origem, trazendo dólares, francos, euros, rands ou outras moedas que vêm aumentar substancialmente o património nacional.
Desde tempos muito remotos, o homem tentou descobrir para lá da cortina das pálpebras dos seus olhos, outro mundo, outra aventura, outros conhecimentos, outras paragens, outras riquezas, outras raças, outras línguas e outras civilizações e, Portugal foi pioneiro nesses amargos caminhos de sonhos e de esperança!

AT

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